quarta-feira, 13 de abril de 2016

Gazeta nº 22

A Gazeta da Casa 

Ano IX - Abril de 2016 - O JORNAL DA OFICINA DE CONVERSAÇÃO - nº 22

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43 comentários:

  1. Queridos Leitores!

    A Gazeta da Casa deste ano, cujo tema é Negritude, está repleta de artigos interessantes, que dão muito pano pra manga para debater e refletir!

    Parabéns aos escritores pelo engajamento na proposta e pelo nível das matérias!

    Espero que curtam a leitura e compartilhem as ideias!

    Beijão!
    Glaucia Grohs


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  2. Artigo sobre Macau

    Prezado Diego,
    Gostei do seu artigo na Gazeta sobre Macau. Eu acho que a gente, ao pensar na escravidão nas colônias portuguesas, costuma focar a atenção apenas no Brasil, esquecendo que este fenômeno também existiu noutros territórios como Macau. Lá, além dos timorenses e alguns chineses, por ficarem perto dessa colônia, também foram os africanos quem pagaram o pato da escravidão ao serem levados nos navios ao longo do século XVIII. Felizmente, a escravidão na Índia e outras colônias orientais (além da metrópole) foi proibida em meados do século XVIII sob o reinado de José I.

    Hoje, desde a transferência da soberania para a China, ano após ano, Macau tem tido um acelerado crescimento econômico. Mas por baixo desse crescimento existem grandes problemas sociais como a importação de mão de obra barata, trabalhando a mais não poder, e o alargamento das desigualdades entre ricos e os pobres. Esta seria a escravidão moderna, não trazida em navios, mas sim por causa do capitalismo.

    Obrigado, um abraço,

    César Llorente

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  3. Oi Cesar, muito obrigado pelo seu comentário que acrescenta a informação do meu artigo :) Fiquei imuito mpressionado com o luxo dos cassinos que provocou em mim certa tristeza ao ver as salas enormes de jogo e com o fato que os chineses de Macau saibam responder em português quando você fala para eles nessa língua

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  4. Que bom ouvir os macaenses falando em português!! Seria uma boa notícia que eles conseguissem manter essa parte das tradições e cultura portuguesa no futuro embora fiquem dentro da grande China(-: Parabéns pelo seu artigo!

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  5. Artigo Música e negritude, de Pilar Irache
    Oi, Irachinha,
    Achei muito interessante seu artigo sobre música no qual você fala das origens e do panorama musical na atualidade. Como você diz, é impossível falarmos de música brasileira sem lembrarmos dos escravos trazidos da África. Essa é a primeira imagem que vem a cabeça se pensarmos na música de América, não só daquela do Brasil.
    Num país onde os preconceitos dissem que a pobreza e a exclusão social são “pretas” é muito importante os cantores de sucesso reivindicarem a origem multirracial do Brasil e denunciarem situações de discriminação, embora seja com ritmos e letras, fazendo cançoes populares.

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    1. Oi, muito obrigada pelo seu comentario. A música é o reflexo das inquietudes do seu tempo e nesse sentido, que as letras ainda hoje falem de discriminação racial é a prova de que ela está presente e precisa ser denunciada. O artigo fala só de algumas músicas atuais, mas a lista de exemplos é verdadeiramente extensa...

      Irachinha

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  6. Tecnologia (pag.3)/ Mineiraço (pag.22)

    Artigos interessantes. No entanto, cadê a África? Cadê a Negritude?

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  7. Globeleza (pag.10)

    Na minha opinião, isso é mesmo procurar cabelo em ovo, é querer buscar a negatividade onde não há a toda custa. Pessoalmente vejo é uma criatura linda, uma maravilha da natureza dançando e sorrindo e contagiando alegria nesse acontecimento festivo que o Carnaval é. Qual objeto sexual e racismo e machismo? Onde?
    "E se fosse branca, possivelmente estaríamos falando de discriminação porque deveria ser negra..." Então? Então é isso aí, é a sensibilidade de Nayra Justino, Globeleza 2014: nem o amor nem a inteligência veem a cor, quem pensa e sente vê seres humanos.

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  8. Bola branca, jogador preto (pag.23)

    Será que ninguém criticou a bola por ela ser branca e não negra?

    Ótimo o emprego da palavra "ponte (efetiva e afetiva)" pelo antropólogo Roberto DaMatta para definir a conexão que se estabeleceu entre brancos e negros no ambiente do futebol.Acho que o fato de um negro como Pelé ter sido nomeado o maior jogador da história desse esporte graças ao seu talento criativo e ao seu esforço demostra como quem tem capacidade e vontade reais consegue o sucesso merecido: "O futebol demostrou que o desempenho é superior ao nome da família e à cor da pele." E, como no futebol, isso é bem possível em qualquer outro âmbito da atividade humana. No nosso tempo mais do que nunca.

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  9. Artigo Lisboa

    Muitos parabéns pelo artigo! Sem dúvida é muito interessante. Eu morei em Lisboa muito perto do Largo de Sao Domingo (em Restauradores,) e com certeza podias perceber uma mistura de culturas onde prevalecia a africana. De facto, lembro-me que no dia 25 de abril, depois da manifestação, muitos africanos começaram a dançar com roupas e danças muito típicas como símbolo de liberdade.

    A influência da passado do Império português pode também ser percibida na arquitetura e gastronomIa da cidade, que eu adoro.
    Na próxima parada sem dúvida, visitarei o "Poço dos negros"!

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  10. Oi Maroto !

    que bom seu artigo ! em todos os sentidos ! A descrição das receitas deliciosas me fez crescer água na boca ! O que bem gostei foi imaginar os sabores de todos isso exóticos ingredientes que compõem pratos da culinaria afro-brasileira. Também curti o ênfase que faz na culinaria para desenvolver uma melhor compreensão duma cultura, pois os ingredientes, as maneiras, os meios, estão diretamente relacionados com sua situação social, econômica e inclusive religiosa, já contava que o patrimonio culinário africano esta fortemente conectado as práticas religiosas.

    Paraben Maroto ! Aprendí muito !

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    1. Oi, David!
      Que bom que gostou, é super interessante como a comida não só está ligada com a religião, na verdade faz parte dela. Eu descobri agora a figura da baiana do acarajé, e adorei!
      Obrigado!

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    2. Oi Guillermo,

      Achei seu artigo muito interessante. Não tinha ideia do complexo que é o assunto da energia elétrica no Brasil e fiquei muito impressionada. Comparto sua visão pelas energias renováveis. Tomará que sejam as formas de geração do futuro. Parabéns por seu artigo!
      Chusinha

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    3. Oi Chuvinha,
      Desculpe meu atraso a responder. Celebró que o achasse interessante. Na verdade, o suministro elétrico de qualidade e muito complexo em cualquier lugar, também na Espanha. Más as pessoas em geral, não sabem disso.
      Saiba que não é um problema no Brasil. Venezuela está sofrendo agora uma dramâtica seca é, pela falta de previsão, estâo dando feriado aos funcionários públicos de cuartas a sextas.
      Muito obrigado por seus comentários.
      Guilherme

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    4. Oi Chuvinha,
      Desculpe meu atraso a responder. Celebró que o achasse interessante. Na verdade, o suministro elétrico de qualidade e muito complexo em cualquier lugar, também na Espanha. Más as pessoas em geral, não sabem disso.
      Saiba que não é um problema no Brasil. Venezuela está sofrendo agora uma dramâtica seca é, pela falta de previsão, estâo dando feriado aos funcionários públicos de cuartas a sextas.
      Muito obrigado por seus comentários.
      Guilherme

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  11. DEMOCRACIA RACIAL?, de Victoria Rodríguez(página 5)

    Oi, Vicky! parabéns pelo seu artigo sobre o racismo. Você expôs muito bem como foi criada a falsa ideia de que não há racismo no Brasil. A sequência do seu raciocínio é clara e esclarecedora. Concordo com você em que ainda há muito a ser feito no Brasil. Ainda bem que o governo tem tomado providências no que à educação se refere, tanto conscientizando professores das escolas, como criando o sistema de cotas nas universidades. A sua análise tão bem estruturada só tem, na minha opinião, uma coisa que falta para compreender a questão do preconceito racial no Brasil: uma pequena introdução histórica para saber que questões políticas, sociais e econômicas construíram a sólida base do racismo que ainda impede chegar à democracia racial. Eu suponho que talvez isso precise de mais um outro artigo.
    Aquele abraço!

    Emma

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    1. Muito obrigada pelas suas palavras Emma! Concordo com você e sem dúvida o tema dá para muito mais.

      Beijinhos,

      Vicky

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  12. Artigo África no Portugués

    Oi Raffa! Parabéns pelo suo artigo. Gostei muito dele. Eu já sabia que a origem da muitas palavras do português falado no Brasil era África, mas não sabia que a maior influência africana no português tinha que ver com a pronúncia, que acho é uma das coisas mais lindas e que diferenciam mais ao português falado no Brasil do português que se fala em Portugal.

    Carlão

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    1. Muito obrigada, querido Carlão, fico contente que você tenha gostado. A gente intui, né?, mas é só aprofundando na matéria que vamos descobrindo o quanto é interessante conhecermos a origem e o porquê das palavras. Neste caso, do nosso amado português do Brasil. Curti com a pesquisa, valeu mesmo.

      Um abração.
      RaffaElla

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  13. Artigo: Sistema de Cotas

    Prezada Desirée,

    Parabén pelo artigo! Sem dúvida é um artigo muito interesante! Na minha opinião, o sistema de cotas é uma boa política para acabar com a discriminação histórica que existe no Brasil e conseguir a integração de todos os moradores do Brasil na sociedade.

    Embora eu tenha precisado ler o artigo várias vezes para me posicionar a favor ou contra do sistema de contas, agora, sem dúvida alguma, estou totalmente a favor dele. No entanto, acho que,além destas vagas disponíveis para eles, aquelas pessoas devem recever mais ajudas pelo governo brasileiro, sobretudo ajudas económicas.´

    Por último, segundo o que você disse sobre o procedimento que as pessoas tem que fazer para ser beneficiada, acho que o governo deveria procurar alguma outro método de comprovação que substituísse a entrevista por outro mais objetivo.

    Atenciosamente,

    Luis.

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  14. Parabéns a Ivan López por seu artigo "Vontade de Pipoca" que achei muito interessante.
    Embora não desse pra entender no princípio pelo seu jogo de palavras, pois entendi "cinema negro" como "em preto e branco" em vez do significado racial que ele da no texto, gostei muito deste artigo, no qual descobri um par de filmes que penso em baixar da internet amanhã quando acordar.
    Porém, considero bastante sorpreendente e preocupante que um problema tão importante como o racismo no Brasil não encontre a difusão cinematográfica apropriada. Até mesmo, sendo o Brasil o último país em abolir a escravidão na América.

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  15. "Artigo 'Lisboa menina, moça e...  mestiça ' de María José Delgado

    Prezada Mazé,

    Gostei do seu artigo na Gazeta da Casa sobre Lisboa, cidade que conheço bem e adoro.
    O poeta cabo-verdiano José Luís Tavares considera que Lisboa é uma cidade 'nem negra nem branca, mas mestiça', com as suas próprias 'melancolias' e 'rudezas' a propósito do livro 'Lisbon Blues'.
    A capital portuguesa acolhe comunidades negras desde a época das Descobertas (séculos XV e XVI)  e havia cofradías de Homem Negro, com um Santo negro.
    A única referência ao antigo bairro africano de Mocambo é o antigo Convento das Bernardas do Mocambo, hoje restaurante A Travessa.  Este convento foi fundado no século XVII, por concessão de dom João IV, para as religiosas da Ordem Cister ou de São Bernardo, e também conhecido como Abadia da Nossa Senhora da Nazaré do Mocambo, foi praticamente destruído no terremoto de 1755. Reconstruído anos depois, permaneceu como convento até à extinção das ordens religiosas em 1834. Pois serviu de armazém, colégio, teatro... e já no século XX foi habitação para um conjunto de famílias em situação econômica precária, o que levou à degradação do edifício, só recuperado no final da década de 1990 pela Câmara Municipal.
    Hoje funcionam ali O Museu de Marionetas e A Travessa, e o primeiro andar é ainda usado para habitação.
    Consultei o livro 'Lisboa, cidade africana - percursos e lugares de memória da presença africana, séculos XV-XXI' que você recomenda e cujos autores acreditam que este é um caso único na Europa dum bairro com nome africano.  O bairro foi-se transformando e ficando cada vez menos africano e mais bairro de pescadores, vindos sobretudo da zona de Ovar.
    Eu recomendo o livro de Jean-Yves Loude, um relato sobre a influência africana na cidade apresentado através de testemunhas que o autor encontra e descreve nos cantos, nas ruas e nos monumentos da cidade. Falo de 'Lisboa na cidade negra', cujo autor é um especialista de Cabo Verde, onde viveu e realizou a sua pesquisa durante longos períodos. Está vivência explica a sensibilidade através da qual, ao longo de todo o livro, de procura, encontra e reconhece África en Portugal. Recomendo este passeio pelas raízes negras da cidade navegando entre a história e os testemunhos que permitem que a obra esteja entre o trabalho científico e a literatura.
    Quando voltar a Lisboa, passarei pela rua Poço dos Negros e lembrarei que você fez crescer o meu interesse pela Lisboa africana. Muitos parabéns pelo seu artigo!

    Nonô Montero"

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  16. "Artigo 'sistema de cotas'

    Oi Desi,
    Gostei do seu artigo na Gazeta da Casa sobre o sistema de cotas, achei muito interessante porque a questão das cotas "raciais" é polêmica e gera muitas discussões; é verdade que preconceito e racismo podem determinar o posicionamento de uma pessoa, sendo a mesma a favor ou contra essas cotas.
    Um dos problemas é que há quem pensa que racismo se refere somente a ofensas, injúrias e não percebem que vai mais além, trata-se de um sistema de opressão que privilegia um grupo racial em  detrimento de outro.
    No Brasil foram 354 anos de escravidão, pois com o processo de industrialização do país, incentivam-se a vinda dos imigrantes europeus à beça.
    Muitos tiveram acesso a trabalho remunerado uma vez que foram beneficiados com terras do estado para iniciarem suas vidas no Brasil. Não se criaram mecanismos de inclusão para a população negra o que faz que muitos (ou a maioria)  sejam pobres agora.
    Um garoto branco de classe média, que estudou em boas escolas, come bem, aprende outros idiomas, tem lazer e vai à universidade não tem mérito, pode ficar à toa, já teve condições para atingir as oportunidades na vida. Enquanto um garoto negro, pobre, que estuda em escolas públicas péssimas, come mal, e vai para a universidade terá mais dificuldades porque não tem as mesmas oportunidades e não chegará lá.
    As cotas são pensadas pelo governo como essas oportunidades que eles não tiveram.
    Acho que o problema das cotas está nos argumentos racistas, o mais recorrente é que ao privilegiar determinados grupos sociais e lhes oferecer privilégios,eles poderão ser considerados ou identificados como menos capazes que os demais. Ao oferecer "facilidades" aos afrodescendentes, os governos deixarão fora as pessoas que, mesmo tendo uma nota maior, não conseguiram a vaga que foi para o candidato cotista.
    As cotas não resolverão o problema se não forem oferecidas aos melhores candidatos para desempenharem com eficiência os trabalhos no futuro, de não ser assim os esforços irão por água abaixo.
    Depois dos argumentos tá na cara que são muitas as pessoas que consideram as cotas como fomentadoras do racismo.
    Não devemos esquecer que as melhores universidades do Brasil são as públicas, porém as melhores escolas de ensino fundamental são as particulares. Por isso a maioria de alunos são brancos ricos já que os alunos da rede pública não têm a menor chance de competir com eles.
    O sistema tenta corrigir esse erro, dando oportunidades na competição, já que a metade da população brasileira é negra, essa diversidade não é vista mas universidades públicas.  O sistema faz questão disso ajudando os negros a terem cargos importantes na sociedade.
    Sem nós esquecermos que o problema principal dessa desigualdade na universidade está no ensino fundamental,na minha opinião o melhor seria fazer investimentos e melhoras nas escolas do ensino fundamental e médio, que são a educação de base, para que todos os alunos tenham as mesmas possibilidades de concorrência no futuro.
    Não seria melhor ter um país cheio de bons alunos, que serão bons trabalhadores no futuro, sem ter em conta a cor da pele que o país cheio de conversa mole gerando racismo?
    Muitos parabéns pelo seu artigo,

    Nonô Montero"

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  17. "Artigo 'Lisboa menina, moça e...  mestiça '

    Prezada Mazé,

    Gostei do seu artigo na Gazeta da Casa sobre Lisboa, cidade que conheço bem e adoro.
    O poeta cabo-verdiano José Luís Tavares considera que Lisboa é uma cidade 'nem negra nem branca, mas mestiça', com as suas próprias 'melancolias' e 'rudezas' a propósito do livro 'Lisbon Blues'.
    A capital portuguesa acolhe comunidades negras desde a época das Descobertas (séculos XV e XVI)  e havia cofradías de Homem Negro, com um Santo negro.
    A única referência ao antigo bairro africano de Mocambo é o antigo Convento das Bernardas do Mocambo, hoje restaurante A Travessa.  Este convento foi fundado no século XVII, por concessão de dom João IV, para as religiosas da Ordem Cister ou de São Bernardo, e também conhecido como Abadia da Nossa Senhora da Nazaré do Mocambo, foi praticamente destruído no terremoto de 1755. Reconstruído anos depois, permaneceu como convento até à extinção das ordens religiosas em 1834. Pois serviu de armazém, colégio, teatro... e já no século XX foi habitação para um conjunto de famílias em situação econômica precária, o que levou à degradação do edifício, só recuperado no final da década de 1990 pela Câmara Municipal.
    Hoje funcionam ali O Museu de Marionetas e A Travessa, e o primeiro andar é ainda usado para habitação.
    Consultei o livro 'Lisboa, cidade africana - percursos e lugares de memória da presença africana, séculos XV-XXI' que você recomenda e cujos autores acreditam que este é um caso único na Europa dum bairro com nome africano.  O bairro foi-se transformando e ficando cada vez menos africano e mais bairro de pescadores, vindos sobretudo da zona de Ovar.
    Eu recomendo o livro de Jean-Yves Loude, um relato sobre a influência africana na cidade apresentado através de testemunhas que o autor encontra e descreve nos cantos, nas ruas e nos monumentos da cidade. Falo de 'Lisboa na cidade negra', cujo autor é um especialista de Cabo Verde, onde viveu e realizou a sua pesquisa durante longos períodos. Está vivência explica a sensibilidade através da qual, ao longo de todo o livro, de procura, encontra e reconhece África en Portugal. Recomendo este passeio pelas raízes negras da cidade navegando entre a história e os testemunhos que permitem que a obra esteja entre o trabalho científico e a literatura.
    Quando voltar a Lisboa, passarei pela rua Poço dos Negros e lembrarei que você fez crescer o meu interesse pela Lisboa africana. Muitos parabéns pelo seu artigo!

    Nonô Montero"

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  18. Oi Mazé, fiquei encantado co seu artigo sobre a Lisboa mestiça. Desconhecia a influência das antigas colônias africanas na arquitetura da capital de Portugal.
    Também são muito interessantes os dados oferecidos em matéria de escravidão e os forros e como todos estes influenciaram não só na arquitetura, senão também na língua portuguesa para torná-la mais africana.
    Graças ao seu artigo, na minha próxima viagem, verei Lisboa desde uma perspectiva diferente...
    Antônio

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  19. SISTEMA DE COTAS

    Prezada Desirée,
    Gostei muito do seu artigo, que achei muito interessante porque a polêmica continua atualmente no Brasil e depois de tê-lo lido fiquei por dentro do problema. Reconheço que, a princípio, eu achava o sistema de cotas poderia gerar algumas injustiças entre os alunos. Por exemplo, ¿como explicar que caso duas pessoas tirem a mesma nota numa prova, apenas uma delas, por ser negra ou parda, terá a oportunidade de aceder à Universidade?
    No Brasil, tá na cara que, após uma história de escravidão, a população negra têm tido menos oportunidades na vida. A situação socioeconômica deles é pior por causa da pobreza, da necessidade de cuidar da família e de arranjar empregos, geralmente, precários. Portanto, é uma população condenada a viver sob a pressão da desigualdade social. Perante esta situação, parte da população privilegiada não hesita em, ficando na dela, fugir do problema e, simplesmente, fazer crítica sobre uma suposta discriminação racial ou sobre uma diminuição da qualidade do ensino superior. Esquecem que as pessoas cotistas são beneficiadas pelo programa por causa de terem que superar barreiras pra caramba. Barreiras que são a verdadeira origem da desigualdade de oportunidades e que, caso não façamos nada, poderiam ainda aumentar no futuro. Por isso, é claro que sou a favor do sistema de cotas.
    Obrigado,

    César Llorente

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  20. “Sistema de cotas”
    Parabéns a todos os que escrevestes a gazeta! É a primeira vez que eu a leio. Que maneira tão interessante para aprofundar nos temas da cultura brasileira! Aprendi muito lendo este exemplar; foi uma viagem pelas diferentes situações onde algo aparentemente sem importância, como é a cor da pele, faz que a sua vida transcorra de um modo ou de outro.
    Que dizer do sistema de cotas? 50% das vagas em instituições públicas são reservadas para pretos, pardos ou indígenas. Eu fiquei surpreendida quando li esta informação. Alguns justificam o sistema dizendo que o país tem uma divida histórica com negros e indígenas, mas você não acha que seria melhor investir no ensino básico, na capacitação de professores e no uso das novas tecnologias?
    Um país deve ter crianças motivadas para adquirir conhecimentos, apaixonadas pela aprendizagem, crianças que cresçam sonhando com um futuro melhor. E quando essas crianças tenham idade para ir à universidade, então, as cotas deveriam privilegiar alunos pobres, sejam brancos, pretos o indígenas. O critério deveria ser a renda, não a cor da pele.
    Elena Fernández

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  21. Obrigada pela (pequena) parte que me toca, Elena. Pesquisar para os artigos da Gazeta é bem empolgante, a gente também aprende muito informando.

    Em relação à sua opinião sobre as cotas, concordo plenamente com você, eu não poderia ter me expressado melhor, assino embaixo.

    Até o próximo número!

    RaffaElla

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  22. Parabéns para todos os que participaram nesta edição da gazeta. Realmente fiquei muito impressionada por o nível dos artigos, a diversidade dos temas e a profundidade con que eles foram apresentados.
    A meu ver, a negritude não é um tema facil para nós os espanhóis. Aqui não estamos acostumados a essa mistura incrível que no Brasil é parte da sua identidade (51% de população afrodescendente!!!). Compreender as diferentes relações sociais, culturais e económicas que se estabelecem por causa da cor da pele estão muito longe de nossa visão europeia.
    Também achei interesantíssimo conhecer as diferentes influências africanas na cultura popular brasileira: culinária, música, lingua, etc. Inclusive no futebol! Por certo, só senti a falta dum artigo sobre as raízes africanas na espiritualidade, religião e ritos da população brasileira...

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  23. Parabens pela revista! Achei alguns artigos muito interessantes.
    Eu já tirei ferias em Macau e adorei o modo no qual se misturaram as duas culturas, portuguesa e chinesa. Há edifícios coloniais de estilo português perto dos típicos mercados chineses com lanternas vermelhas. As vezes é como se você estivesse paseando pelas ruas de Lisboa e, em um instante, estivesse novamente en China. A comida tambêm é uma mistura incrível de culturas. Eu li que nasceu quando as esposas orientais dos portugueses tentavam fazer comidas portuguesas com os ingredientes locais. Porém, a lingua portuguesa quase nāo é falada já. A grande dúvida é se Macau vai conservar as suas especificidades,a coexistência de cultura chinesa e ocidental, ou sucumbirá definitivamente ao sistema capitalista, baseado, neste caso, no setor do jogo.
    Elena

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  24. Artigo "Globeleza"

    Prezada Rosário,

    Parabéns pelo artigo, o qual eu gostei muito. Acho que a cultura espanhola e a brasileira têm coisas muito parecidas.

    Nós também tivemos durante anos ícones de beleza que saiam pela TV e o mundo todo gostava deles. Por exemplo, a Ana Obregón, que esteve saindo em shows meio nua durante décadas mas ninguém se queixava.

    Para o resto do mundo, uns dos ícones de Brasil são as belas dançarinas que bailam samba com pouca roupa. Isso pode fazer que muitas pessoas tenham um preconceito errôneo delas. Mas, por que há pessoas que se queixam disso? Não é um trabalho como outro qualquer? O fazem forçadas?

    Seja o que for, todo os ícones de mulheres belas serão temas polêmicos em todos os países já que sempre haverá pessoas que não estão a favor disso.

    Obrigado por compartilhar connosco o artigo. Estes artigos defendem a cultura brasileira e acho que nenhuma cultura deveria ser trocada

    Enrique C.


    P.S. Diga a Glaucia que me coloque uma boa nota 

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  25. Artigo "Tecnologia"

    Oi, Gui!

    Achei seu artigo muito interessante. Sou engenheira florestal e desfrutei muito aprendendo coisas em relação às energias renováveis no Brasil.

    O fato que mais me surpreendeu é a importância da eletricidade de origem hidrelétrica, porquanto o desconhecia embora fosse lógico pela quantidade de água disponível no Brasil.

    Mas, ao ler sobre a biomassa, não pude evitar me fazer esta pergunta: Se fosse feito um correto planejamento de gestão e aproveitamento florestal, poderia a biomassa ser a principal solução energética no Brasil e demais países? Caso fosse assim, teria esta fonte de energia que se apoiar em energias de origem fóssil num futuro a curto e médio prazo?

    Muito obrigada pelo seu artigo, Gui!

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  26. Carlos González Pinto

    Prezada Mª José Delgado,
    Parabéns pelo seu artigo relativo ao Lisboa! Gostei muito dele. Tenho pensado em ir a Lisboa em dois meses, e devido ás informações do artigo, a minha curiosidade está aguçada para conhecer em maior profundidade a herança da escravidão lá. Assim, depois de ler o que você escreveu, inclusive proponho-me o hospedar-me num hotel no bairro de Madragoa, que é o bairro lisboeta de maior influência africana. Estou seguro que sentirei um calafrio nas costas quando ande por a Rua dos Poços dos Negros conhecendo a historia desse poço que você expor no artigo.
    Eu consultarei antes de ir de viajem o livro "Lisboa, cidade Africana - Percursos e lugares de memória da Presença Africana, séculos XV-XXI". Acho que o livro será muito interessante, e falara dos diversos vestígios históricos na cidade, e onde os encontrar. Seria ótimo que o livro tivesse um plano para identificar com exatidão a cada um dos lugares para assim poder planificar melhor o viajem.

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  27. Muito interesante o artigo do sistema de cotas!!! Nao conhecia este aspecto do Brasil. Acho que mostra a vontade de integração e igualdade, mas, na mina opinião, não é uma medida adequada porque pode privar do acesso à universidade ou ao concurso as pessoas melhor preparadas e que o mer´çam mais do que os beneficiados pelo sistema de cotas. Aliás, pode ser contraproducente, gerando invejas e sentimentos xenofóbicos.

    Parabéns pela gazeta!!

    Laura Muñoz. (3ªe5ª feira, prof. Milla)

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  28. Oi Maria Jesús Santos,
    Achei muito interessante seu artigo sobre os movimentos de mulheres negras! Como você diz, havia varios fatores que faziam o problema maior, não somente ser mulher, além disso, ser negra era outra razão para que a sociedade as anulasse. Ainda que as mulheres lutassem mais que os homens, sempre tinham um papel secundario ao longo da historia.
    Fiquei maravilhada com o lema Enegrecer o feminismo, acho muito acertado para lidar com esta situação. É importante que existam organizações como Geledés que sejam um exemplo de superação para outras mulheres negras dentro e fora do Brasil.
    Obrigada pelo artigo, o enfoque do tema é ótimo!

    Marta Salehi (Milla - 3ª e 5ª)

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  29. Guillermo Villarrubia26 de maio de 2016 às 10:59

    Eu achei o artigo muito interessante, sobretudo para a gente aqui na Espanha e para as pessoas da minha generação que quando pensam num brasileiro jogando futebol pesam num negro. Estamos acostumados a ver jogar a Marcelo, Robinho, Roberto Carlos e acreditamos que tem sido o normal sempre. Não é assim, o artigo apresenta a historia do futebol brasileiro junto a historia da sociedade brasileira ligando a evolução de uma com evolução da outra.

    Artigo "Negros no futebol" de Maria Jesús Pons

    Este artigo nos lembra que essa mistura da sociedade brasileira não foi sempre bem aceitada por os propios brasileiros quem veiam Brasil como um pais de brancos para os brancos. A expressividade dos negros no futebol é uma forma, entre outras, da riqueza cultural em forma de dança que os africanos levaram para Brasil e misturaram com os brancos. Una vez mais, uma coisa, exclusiva dos brancos é meior feita por uma raça considerada "inferior".

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  30. María García-Alén30 de maio de 2016 às 15:44

    Em primeiro lugar, parabéns para todos os que escreveram na Gazeta da Casa! Não pude ler só um artigo e achei muito interessantes as diferentes temáticas tratadas.
    Mas houve uma delas que chamou especialmente a minha atenção: "O Negro na Fotografia" de Daniela Sosa. Concordo totalmente com a ideia de que a fotografia, afinal, é o ponto de vista subjetivo do fotógrafo, que nos mostra o que ele vê, sinte ou pensa nesse momento. É por isso que há uma associação da população negra do Brasil com a samba, o carnaval e desgraçadamente, com outras coisas muito menos alegres como o analfabetismo ou a delinquência. Respondendo à pergunta final, na minha opinião é totalmente necessária uma mudança de pensamento, talvez seja preciso dar a volta à forma de capturar os instantes e "clicar depois pensar", e só assim será possível mostrar uma imagem sem prejuízos e mais realista.

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  31. Obrigada pelo comentário! Aprender a pensar diferente, tá aí a chave ;) Beijão María!!

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  32. Oi Chus, oi Jesusinha,
    Parabéns pelos seus artigos sobre os movimentos de mulheres negras. Achei muito interessantes os textos e especialmente o fato de as feministas negras brasileiras terem sofrido uma tripla discriminação, não só de gênero, por serem mulheres, como também racial e econômica por serem negras e pobres. Seus artigos foram muito úteis para a gente refletir na aula sobre essa situação, uma coisa bem específica do Brasil. Para nós, os espanhóis, não é fácil imaginar a complicadíssima luta das mulheres negras pela sua emancipação. Porque o principal problema delas não era aceder ao mercado de trabalho (como acontecia com as feministas brancas) porque elas já trabalhavam demais para manter suas famílias. Seu principal problema era a invisibilidade e a falta de referentes sociais. Por isso gostei também da inclusão de alguns nomes próprios nessa luta pelos direitos das mulheres negras. Acho que ativistas como Lélia González ou Sueli Carneiro fizeram um trabalho incrível para colocar na agenda política as demandas do movimento de mulheres negras. Seus artigos apenas introduzem este amplo assunto e por isso vocês fazem um convite para os leitores aprofundarem nele. Eu o farei com certeza pois adorei a temática. Abraços.

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  33. Oi Maria Jesús!
    Eu gostei muito do seu artigo "Negros no futebol".
    É interessante e triste ver como, igual que em outros setores da sociedade, no futebol também levou mais tempo para os negros serem aceitos.
    A diferença da Europa, no Brasil o futebol era somente para ricos, aliás, para brancos. É incrível que se criaram duas ligas, uma de brancos e outra misturada, e que alguns jogadores até tiveram que dissimular sua cor de pele.
    Com seu artigo, compreendo também a relevância da figura do Pelé, não somente no plano futebolístico, mas também pela sua importância social.

    Parabéns pelo seu artigo e muito obrigado por uma história interessantíssima!

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  34. Oi, Bea!

    Eu achei muito interessante seu artigo sobre o filme "Que horas ela volta?", no qual você reflete sobre as empregadas domésticas no Brasil.

    Eu tive a oportunidade de assistir ao filme, no entanto, nesse momento, eu não pude apreciar a profundidade do filme. É por isso que a informação que você dá no artigo permite entender melhor a história e a importância que ele pode ter para o Brasil e para os brasileiros. Aliás, sendo Brasil uns dos países com maior número de empregadas e a maioria delas afrodescendentes, é natural falarem de preconceito social. O mais esperançoso é ver a atitude da filha, tentando mudar todos esses preconceitos. Pode-se ver o início de uma mudança no país.

    Parabéns pelo artigo e pelo tema escolhido.

    Sandra Martín

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  35. Oi, Bea!

    Eu achei muito interessante seu artigo sobre o filme "Que horas ela volta?", no qual você reflete sobre as empregadas domésticas no Brasil.

    Eu tive a oportunidade de assistir ao filme, no entanto, nesse momento, eu não pude apreciar a profundidade do filme. É por isso que a informação que você dá no artigo permite entender melhor a história e a importância que ele pode ter para o Brasil e para os brasileiros. Aliás, sendo Brasil uns dos países com maior número de empregadas e a maioria delas afrodescendentes, é natural falarem de preconceito social. O mais esperançoso é ver a atitude da filha, tentando mudar todos esses preconceitos. Pode-se ver o início de uma mudança no país.

    Parabéns pelo artigo e pelo tema escolhido.

    Sandra Martín

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    Respostas
    1. Oi, Sandra!

      Obrigada pelo seu interesse na Gazeta e especialmente pelo seu comentário :)

      Que bom você tenha visto o filme e agora lendo o artigo tenha refletido de novo no que viu e ver outra perspectiva e "apreciar a profundidade".
      Justamente comentávamos nas aulas como o filme é entendido no Brasil e como pode ser entendido fora do país. No Brasil, o filme é uma realidade; fora, só um filme de ficção que foi até calificado de "simples". Mas a verdade é que esta situação é cotidiana no Brasil, mas só denunciada nos últimos anos. Brasil está vivendo um tempo de muita mudança e filmes como este, tão "agradáveis", ajudam a criar debate e refletir no estado da situação.

      Fico feliz que o meu artigo tenha ajudado você e também outros leitores para refletir no preconceito social e na possível esperança de mudança.

      Bea

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